Estado poderá ser o primeiro a adotar a iniciativa nos EUA depois de consulta popular em novembro
Uma antiga polêmica promete dar muito o que falar este ano nos Estados Unidos. Os eleitores da Califórnia irão às urnas em novembro para decidir se a maconha será ou não liberada para uso “recreativo” no Estado – que seria o primeiro do país a legalizar a prática –, depois que uma iniciativa popular recebeu as assinaturas suficientes para permitir a realização de um plebiscito sobre o tema.
Com quase 700 mil signatários, a proposta – lançada pelo grupo Marijuana Policy Project, sediado em Washington – prevê que pessoas com mais de 21 anos possam portar até 28 gramas da droga. Os usuários não poderiam fumar na presença de menores de idade nem em áreas escolares, mas teriam autorização para plantar a erva, desde que o cultivo não supere 2,3 metros quadrados. Também ficaria proibido dirigir após consumir a droga.
Eram necessárias 433.971 assinaturas para que a proposta fosse aprovada pela Secretaria de Estado para ir a votação. Essa não é a primeira vez que a Califórnia toma a dianteira em uma iniciativa do tipo. Há 14 anos, o Estado – mais rico e mais populoso dos EUA e tradicionalmente liberal – se tornou o primeiro do país a permitir o uso da maconha para fins medicinais. A medida foi, mais tarde, adotada por outros 13 Estados.
Candidatos a governador não endossaram iniciativa
O Marijuana Policy Project alega que a legalização poderia gerar uma economia de US$ 200 milhões anuais à Califórnia, ao reduzir gastos com saúde pública. Além disso, se fossem cobrados impostos, o comércio da droga reverteria para os cofres públicos mais de US$ 1,3 bilhão por ano, afirma o grupo. Os produtores de maconha californianos, porém, temem que, se a iniciativa for aprovada, os preços da droga caiam drasticamente, destruindo sua fonte de sustento.
De acordo com pesquisa recente, 56% dos entrevistados são a favor da legalização da maconha na Califórnia. Ainda assim, nenhum dos candidatos a governador – em eleição que ocorre junto com o plebiscito, em novembro – endossou a iniciativa. Nos EUA, a posse e o consumo da maconha são ilegais, mas o presidente Barack Obama afirmou que o governo não interferirá nas leis estaduais sobre o assunto.
FONTE: ZERO HORA
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