Rejane de Oliveira acredita que exame do MEC padroniza avaliação de professores e não respeita cartacterísticas regionais
O Ministério da Educação (MEC) necessita respeitar características regionais e avaliar os professores por um contexto pedagógico — e não com uma prova única. Esta é a avaliação da professora Rejane de Oliveira, presidente do Cpers, sobre a decisão do MEC divulgada nesta segunda-feira.
Foi aberta hoje para consulta pública o Exame Nacional de Ingresso na Carreira Docente. A prova, que deve avaliar candidatos ao ingresso no magistério, terá sua primeira edição em 2011. Segundo portaria publicada hoje no Diário Oficial da União, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) ficará responsável pela prova.
— Isso é um equívoco do governo federal. Já fazemos uma prova quando realizamos o concurso público. Esta prova (do MEC) faz com que haja uma padronização nacional. Não respeita as características regionais ou a realidade das escolas públicas brasileiras — afirma a professora.
Segundo Rosane, um professor de uma escola rural no Nordeste possui uma realidade pedagógica diferente a um docente de Porto Alegre. Para ela, o exame "não corresponde a um consistente projeto educacional" para o Brasil.
A seleção pode ser comparada ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pois o professor fará a prova e poderá usar a nota para ingressar em qualquer uma das redes de ensino que aderirem ao programa.
— Não temos como apoiar uma prova que tem como objetivo avaliar o professor sem avaliar o projeto pedagógico e qual o aluno que queremos formar — explicou Rejane.
SEC ainda não definiu apoio à prova, afirma assessoria
Consultada por Zerohora.com, a Secretaria Estadual de Educação (SEC) não se pronunciou oficialmente a respeito do teste do ministério. Por meio da assessoria de imprensa, limitou-se a dizer que ainda não definiu apoio à prova, uma vez que não é obrigatório aos Estados a adesão.
De acordo com o Diário Oficial, o exame tem os seguintes objetivos:
I - subsidiar os Estados, o Distrito Federal e os Municípios na realização de concursos públicos para a contratação de docentes para a educação básica;
II - conferir parâmetros para auto-avaliação dos futuros docentes, com vistas à continuidade da formação e à inserção no mundo do trabalho;
III - oferecer um diagnóstico dos conhecimentos, competências e habilidades dos futuros professores para subsidiar as políticas públicas de formação continuada;
IV - construir um indicador qualitativo que possa ser incorporado à avaliação de políticas públicas de formação inicial de docentes.
FONTE : ZEROHORA
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